Pelo Teu amor...


"Sinto-te a fluir no meu sangue"
Nos últimos dias tenho descoberto alguns pormenores do nosso relacionamento *sorrisos* e entendido o quanto esta frase ilustra a forma de relacionamento que escolheste para nós. Tu conheces o meu íntimo ser e sabes...
Estou destinada a voar. A voar na Tua dimensão, no Teu ambiente, nas asas dos Teus anjos.
O meu sorriso neste dia é para Ti, Deus!
Resolveste me abençoar e é a ti que eu agradeço o tempo que se tem passado na minha vida.
Eu não sei o porquê de me amares mas eu sei porque Te amo.

Amo-Te porque preenches cada recanto do meu ser, porque és terno, cuidadoso, carinhoso e Pai. Mas também Te amo por quem Tu és

O Pai para o qual eu posso correr quando estou alegre e que me levanta no ar e me abraça.

O Pai que eu procuro quando estou triste e não tenho forças para correr. Simplesmente me prostro e ali fico, cansada, sem forças, desanimada. Tu vens até mim, Te agachas, levantas a minha face, limpas as minhas lágrimas e me abraças, ficando ali, simplesmente, até que a Tua energia me encha e vá sarando cada ferida a ser sarada.

Obrigada, Senhor, porque se avizinham novos tempos contigo. O Teu amor eu sinto mais intensamente dentro de mim e também sinto mais amor por Ti. Quero mais.

Aqui estou, simplesmente sem palavras para descrever o que resolveste derramar sobre mim hoje. Não o sinto apenas como obra das Tuas mãos, mas como obra do Teu coração! E isso faz-me amar-Te mais.

Dá-me um coração puro, amoroso e dependente de Ti, que não arreda pé da Tua casa.

Este é o meu mais profundo desejo. Aguardo por Ti!

Me darás perfeição, firmeza e força!

É tão bom sentir, após uns dias a ler diversos trechos da Palavra, num momento inesperado, Deus "chegar", atrair-me de uma forma inicialmente subtil, e me levar a adorá-Lo espontaneamente.

Passado um pouco, esses mesmos trechos começam a ganhar vida dentro de mim.

E algo acontece no meu interior. Glória a Ele. É o VIVER a sua Palavra que me ajuda a caminhar sempre com os meus olhos postos n'Ele. Se eu não a viver dentro de mim, eu não consigo nada.

Aqui ficam alguns dos trechos:

"Sejam todos humildes uns para com os outros, pois a Escritura diz: 'Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua bênção aos humildes'.

Humilhem-se, portanto, sujeitando-se ao poder de Deus, para que Ele vos eleve no devido tempo.

Confiem-lhe todas as preocupações, porque Ele cuida de vocês.

Deus, fonte de todas as bênçãos, que vos chamou a tomar parte na sua eterna em união com Cristo, vos dará a perfeição e vos tornará firmes e fortes."

I Pe 5:5-7, 10b

Pensamentos musicais

Tem sido muito interessante reflectir, junto com o Espírito Santo, acerca da maneira como Deus me criou para reagir à música.

Um facto é que a música, assim que é ouvida por nós, é automaticamente percebida pelo tálamo, o lugar do nosso cérebro onde são produzidas todas as nossas sensações, emoções e sentimentos, sem passar primeiro pelas regiões do cérebro que envolvem a razão e o raciocínio.
Depois da música atingir este "centro emocional", ela sim invade as outras áreas do cérebro, podendo influenciar as outras áreas da pessoa.
Querer que a música não nos arrebate emocionalmente é fisicamente impossível.
Interessante Deus ter criado o ser humano desta forma. A música tem mesmo um papel específico com os Seus filhos.
Creio que a música atinge directamente o meu espírito, e isso faz com que eu me ligue quase que instantaneamente ao Pai. Os sons musicais são a melodia do Espírito Santo.
Disse Eliseu:
"Agora tragam-me um músico!" Quando o músico começou a tocar o instrumento, o poder do Senhor veio sobre Eliseu; e ele disse: 'Esta é a mensagem do Senhor: (...)" II Reis 3:15,16

A pensar...

"Nenhum aluno está acima do seu professor, mas todo o aluno bem ensinado será como o professor." Lc 6:40

Voz que encanta

Estava eu no meio de um momento musical, com a minha filha ao colo, quando ela me diz qualquer coisa (que eu não consegui entender), mas algo prendeu o meu coração: a sua voz de criança.

Uma voz que eu estou tão habituada a ouvir, mas que Deus usou para me sussurrar naquele momento:

"Vês, Paula, assim como o teu coração se moveu em amor ao ouvir a voz da tua filha, esse ser que saiu do teu ventre, uma voz tão inocente, assim eu me alegro quando conversas comigo com uma voz dependente, de criança, simples".

A minha cabeça baixou-se e os meus olhos ficaram húmidos.

Assim é Deus, falando quando menos espero e de formas tão diferentes.

A incompreensível paciência do Pai


“Porém, aquele que vive do Espírito é capaz de fazer um juízo sobre todas as coisas, e a ele ninguém o pode julgar. Na verdade está escrito:
‘Quem poderá conhecer o pensamento do Senhor? Quem será capaz de lhe dar conselhos?’ Mas nós possuímos o pensamento de Cristo.”
I Co 2:15


Nós possuímos o pensamento de Cristo… e a partir do momento em que possuímos este pensar, é impossível deixar de o ter… é a conclusão a que tenho chegado.

Vejo-me muitas vezes na minha vida espiritual num ponto em que paro, olho, penso e sobretudo sinto: “Parece que estou a andar para trás… Aquilo que já vivi não o vivo agora…”

Parece que há algo que não me deixa avançar, algo em mim, não em Deus. Deus é perfeito, eu não o sou.

E parece que estes momentos acontecem sempre depois de viver algo espiritualmente intenso, depois de Deus abrir os meus olhos para algo e eu chorar e vibrar de emoção por finalmente estar a ver, por finalmente estar a compreender!

Os momentos em que Deus decide abrir o véu de uma forma diferente são momentos que me marcam muito… mexem muito comigo e eu sinto a confirmação nesses momentos de que sou alguém que não pode viver sem o Pai, sem a REALIDADE da Sua presença.

Não me contento mais com o chapinhar nas Suas águas, nos Seus Rios. Eu quero mergulhar, eu PRECISO mergulhar!

Eu nasci com essa sede e desde muito pequena que tenho algo dentro de mim que clama pelo transcendente, pelo que não é material. Todo o ser humano tem isso dentro dele, mas eu sei que Deus deu um toque especial a essa característica em mim, ou seja, essa minha característica foi-me dada por ele, não é apenas personalidade minha.

Porém, quanto mais sedenta, mais infeliz me sinto se não estiver na Sua presença, mais desgraçada, mais vazia, mais seca…

Muitas vezes nesses momentos eu penso: “Chega, não vou mais buscar, não vou mais procurar, não quero descobrir mais nada, não quero que me mostres mais nada pois eu não vou avançar, não consigo, não sou merecedora disso… sou cabeça dura. Por isso, Deus, eu quero esquecer tudo o que me tens mostrado.”

E faço como Pedro… volto a lançar as redes ao mar, esquecendo os homens e querendo apenas pescar peixes… esses, pelo menos, dão-me menos dor de cabeça, não me fazem sentir mal nem constrangida… esses não têm necessidades que me constranjam.

Passo dias em que não quero sequer pensar nessas coisas, mas há sempre algo no meu coração que não me deixa esquecer.

É o mesmo sentimento que temos quando amamos alguém mas esse alguém nos magoa profundamente ou não corresponde ao nosso amor. Chega a um ponto em que nos esforçamos por esquecer essa pessoa, nem sequer pensar porque o mais simples pensamento faz com que o coração sinta algo… e nós não queremos sentir, não queremos sequer reacender nada… queremos esquecer, apagar, abafar…
Mas, quando menos esperamos, cruzamo-nos com a pessoa ou vemos ou ouvimos algo que nos faz lembrar a pessoa e ZÁS, o coração sente algo… não conseguimos esquecer… e tudo se reacende… não dá para gerir.

É isto que muitas vezes tento fazer com as coisas que Deus me fala… esquecer, esquecer, esquecer, mas o Seu Espírito em mim não se cala… engraçado que o Espírito é profundamente sensível, pois sabe respeitar os dias em que eu preciso de silêncio espiritual. Mas passados esses dias, Ele volta a começar a falar, muito subtilmente, com a mesma subtileza com que alguém limpa uma ferida profundíssima. Devagarinho, olhando para a pessoa, tentando perceber se o tratamento está a produzir uma cura muito rápida ou se tem de ir mais devagarinho. E quando o tratamento está a fazer arder a ferida, Ele estende a Sua mão e limpa as minhas lágrimas.

Assim é o Espírito, mas agindo de uma forma perfeita, com uma total sabedoria, com um total cuidado e conhecimento do meu ser.

E tudo volta ao meu coração, tão devagarinho, mas cada vez mais intensamente: todos os ensinamentos, todas as promessas, todas as trocas de amor que já aconteceram (e que só de pensar nelas choro… mas também sorrio).

Tenho em mim o pensamento de Cristo e não posso mais voltar atrás… Não sei porque Deus não desiste de mim, mas cada vez mais me assombra a Sua paciência em sempre me levantar quando eu estou caída e sou a primeira a não me querer levantar.

Só há uma explicação: AMOR! Amor, amor, amor numa dose tão grande que o meu próprio corpo não pode suportar isso.

E a chama é de novo acesa, mas cada vez que ela volta a ser acesa, o seu fogo consome-me mais, arde em mim com uma intensidade avassaladora. E o meu coração bate, parecendo que o meu peito não é suficiente para abarcar tudo o que vivo.

Ah, Pai, porquê eu? Porquê? Quem sou eu para que Te lembres de mim?