Espiritualidade(s)?

Quando penso em espiritualidade, imagino coisas simples.
Imagino-me sem as coisas importantes.
Sem aquilo que, sem muito esforço, me faz sorrir.
Sem aquilo que aprecio.

Não que eu tenha de associar, obrigatoriamente, a minha espiritualidade à nudez, à privação, a ter de estar sem nada, mas para mim é importante.

Não que eu tenha de medir a minha espiritualidade, porque se a fosse medir, ficaria envergonhada... Mas eu posso ter uma ideia do impacto que Deus tem na minha vida quando eu me desligo de tudo.

Eu, isolada, sozinha no meio de um deserto.

Aí, nesse lugar, quem é Deus para mim? Como me relaciono eu com Ele? Como é a nossa troca de intimidade? Será que aí, nesse lugar, Ele me faz sorrir como nos outros lugares?

Compreendo bem os monges que vivem isolados das coisas banais do mundo.
Ainda que habituada a viver numa cultura ocidental, acho que iria gostar de viver como eles. Oh sim, ia-me custar abdicar de muitas coisas, mas para a pessoa que sou, da forma como Deus me criou, viver desligada das banalidades é uma necessidade.

Relacionamento com o Pai... é algo tão especial, tão íntimo que ou existe ou não existe. Ou é real ou é ilusão.

Se eu fosse viver sozinha, como os profetas, como seria o meu relacionamento com ELE?

Sem congressos, sem seminários, sem cursos, sem irmãos, sem profecias dadas por outras pessoas, sem imposições de mãos alheias...

O que restaria?

Restariam sorrisos...

O meu sorriso é para Ti, Deus!

3 comentários:

Andrea disse...

*muitos sorrisos*

"Muitos procuram Sua manifestação mas esquecem-se da comunhão, para ver é preciso aprender a crer!"
(Sei que entendes o que escrevi)

Abraço intenso!

Tânia Palmeiro disse...

Tudo passa mana...tudo...
A familia,os amigos,o emprego,os ministerios,tudo...excepto uma coisa: o Seu amor por nós.
Esse é eterno, intemporal e incondicional.
Se nós aprendessemos a dar mais valor ao "deserto" saberíamos que é aí que descobrimos a coisa mais sublime e maravilhosa que existe...a presença de Deus.
Repetindo o título de uma pregação muito velhinha que eu ouvi: "Não troque o Divino pelo espectacular".
Beijinhos tamanho do mundo mana...

Paula disse...

Maninha, *sorrisos e mais sorrisos e mais sorrisos*

Essa música tem tido um efeito muito especial em mim nos últimos dias. É tão bonito de viver e de sentir... Ela e todas as outras são de facto especiais e descrevem caminhadas de verdadeira espiritualidade, pelo menos para mim.

São tesouros, que um dia ecoarão por outros corações.

Gosto de ti até ao céu!


Tânia,
Tens toda a razão naquilo que escreves. Que Deus nos ajude a viver assim, completamente dependentes dele!
Um beijinho