Ao Deus desconhecido
Nos últimos tempos penso muito: “Será que sou eu que estou mal?”
Tenho-me sentido, cada vez mais, como um soldado no meio de milhões de soldados, todos a andar com o mesmo passo, menos eu. Eu ando com o passo trocado. Não ando ao mesmo tempo que eles nem quero andar. Mas eles são tantos que eu questiono-me: “Será que o mal está em mim? Será que estou a ser muito radical? Será que sou eu que estou cega?”
Estou no meio de uma multidão de cristãos entusiasmados e eu não sinto o mesmo entusiasmo que eles. Enquanto eles se alegram nos seus feitos, eu penso: “Onde está Deus no meio de tudo isto?”
Enquanto eles alegremente levantam as suas mãos, eu baixo a minha cabeça em sinal de tristeza por sentir que se fazem coisas EM NOME de Deus, PARA Deus, mas não COM Deus.
Diz-se com uma facilidade que me incomoda: “Isto não é um sonho meu, é um sonho de Deus.”
No mesmo momento surge no meu coração: “Como sabes isso? Deus revelou-te? Quanto tempo passaste conversando com Ele sobre isso? Como surgiu isso no meu coração?” E peço perdão a Deus se estou a ser injusta e a julgar o meu irmão. Afinal… quem sou eu para julgar seja o que for?
Nesses momentos tenho a sensação (não lhe chamo de “certeza” para não parecer muito sábia ou convencida) de que aquela multidão pensa que está tocada por Deus, sente entusiasmo carnal (que atribui a Deus), e pensa que está a produzir-se uma mudança efectiva no seu interior. Quer experimentar Deus mas não O conhece. Quer viver coisas novas, experiências, mas na solidão da sua casa aborrece-se de buscar esse mesmo Deus. Anseia por Ele, mas não O procura, pensando que Ele está mais presente nos eventos, nos acontecimentos do que nas ruas, do que na sua casa, do que na sua escola, no seu trabalho.
Vivem no engano. Os filhos de Deus vivem no engano. Cegos, rotos, nus. E enquanto buscarem Deus como se Ele estivesse mais num lugar do que noutro, não O vão encontrar. Podem viver momentos em que acham que chegaram mais perto, em que acham que agora sim, conseguem adorá-Lo de uma forma que faz com que se sintam bem (sim, porque o sentimento, apesar de parecer muito espiritual, é puro egoísmo).
Como essas experiências, esses momentos não contém a essência de Deus, tudo o que eles produziram vai passar. Vai-se desvanecer. E o sentimento de preenchimento interior e espiritual que produziu vai, novamente, dar lugar a uma insatisfação, aquela de antes, aquela que ainda não desapareceu, apenas foi mascarada.
Enquanto os filhos não se encontrarem com o Pai, dependerão das pessoas, dos acontecimentos, dos eventos para se sentirem um pouco mais perto do céu.
Quando os filhos já regressaram à casa do Pai, pouco importam os acontecimentos, pouco importam as pessoas, pois a voz de Deus se faz ouvir mesmo quando a pessoa mais incrédula fala. O Espírito Santo flui e toca mesmo no meio do deserto.
Isso sim é relacionamento real. E este relacionamento real produz sentimentos que não passam, mas esses sim, criam raízes. E no meio da tempestade, onde não existem eventos, pessoas “ungidas”, exortações entusiasmadas, a voz e a presença de Deus continuam lá. Afinal, só Ele pode curar as feridas, ajudar-nos a ulrrapassar os traumas, a viver uma vida alegre.
O resto… não passa de entusiasmo carnal. Passa, é levado pelo vento como uma folha num dia de tempestade. Foi e já passou.
Se a solução estivesse aí, o mundo já estava todo mudado, evangelizado. Viveríamos o maior avivamento da história.
Um texto surge no meu coração:
“Estou farto dos vossos sacrifícios. Não quero mais gordura de carneiros. Não quero ver mais o sangue dos vossos holocaustos. Quem é que vos pede sacrifícios quando vocês não se sentem abatidos pelos vossos pecados?” Isaías 1:11,12
São palavras duras. Quem as poderá suportar?
11:55 da manhã | | 5 Comments
Ouve
Ouve, ó Deus, a minha oração, mesmo aquela que não sai dos meus lábios, mas apenas do meu coração.
Que os Teus ouvidos ouçam mesmo a minha súplica!
Escuta-me e responde-me. Espero pela Tua resposta.
Desce para receberes a minha queixa e fazeres alguma coisa.
O meu coração está apertado e cheio de tristeza. É como se o terror da morte tivesse caído sobre mim.
Quem me dera ter asas, pois voaria com quem amo para longe daqui. Lá eu saberia que estaria tudo bem. Não haveria mais dor, mais sofrimento. Eu saberia que estaria tudo bem. No Teu abrigo.
À tarde, de manhã e ao meio-dia falarei contigo. Levarei a minha queixa ao Teu altar e ficarei à espera que me respondas. Aguardo a hora com a resposta que eu anseio.
Ouço o meu coração dizer:
"Deixa os teus cuidados ao Senhor e Ele te fortalecerá, pois não deixará cair os que Lhe obedecem."
E quero seguir o que o meu coração diz, porque quem me diz é quem lá está: O Espírito Santo.
Baseado no Salmo 55
11:58 da manhã | | 1 Comments
Fundido na Natureza
Seja como fôr.
3:11 da tarde | | 1 Comments
Filhos e enteados
Eu ainda não me sinto tão perto de Deus como gostaria porque não vivo no Brasil e ainda não caí quando oraram por mim. Sim, porque em Portugal Deus não age da mesma forma. Não, aqui Ele é limitado.
Se eu fosse da Igreja tal, eu seria uma pessoa mais ungida, mais íntima de Deus.
Ai, ai... *suspiro*
Como se diz aqui no Algarve, "MOSS, deixem-se disso!"
Todos nós temos acesso ao TRONO DA GRAÇA, à intimidade verdadeira.
Todos nós somos Filhos e neste relacionamento com o Pai não há preferidos.
Não há filhos e enteados.
Então, por favor, não vivam como se fossem uns desgraçadinhos, uns imperfeitos, uns carnais, olhando para os outros, os "tais"como se a unção de Deus se esgotasse neles.
Quem diz que Deus tem de ter para ti neste momento o mesmo que tem para eles?
Será que essas pessoas que tanto metes num pedestal são necessárias para Deus?
São apenas filhos amados, tal como tu. "Apenas"
Como Paulo disse a Timóteo, eu te digo a ti: "Por favor, não desprezes o dom que está em ti, que recebeste ou não por imposição de mãos"
Se alguém não concorda, manifeste-se! He he
3:02 da tarde | | 3 Comments
Movimentações espirituais
10:33 da manhã | | 2 Comments