Amor e Milagres
“Estêvão, cheio de Graça e do poder de Deus, realizava milagres espantosos entre o povo.” At 6:8
Engraçado que esta palavra “Milagres” não sai da minha mente.
Engraçado que esta palavra “Milagres” não sai da minha mente.
Há momentos na minha caminhada com o Pai em que eu tento esquecê-la, desligar-me disso.
“Que tolice a minha! Eu quero-Te a Ti, não quero os Teus milagres!”, muitas vezes eu penso. E esforço-me de verdade por desviar o meu pensamento e a minha atenção desse tema. Porque não sou eu que busco.
De todo o coração, eu apenas desejo amar e adorar o meu Senhor. Se Ele me permitisse viver apenas isso até o final da minha vida, eu aceitaria.
E muitas vezes, quando leio textos sobre os dons, sobre ministérios, etc., vem ao meu coração o sentimento de que isso parece algo que não se conjuga com o amor. Parvoíce? É. É mesmo parvoíce, porque Deus é só um, não é dividido entre o Deus amoroso e o Deus dos milagres. Mas, não sabendo porquê, inconscientemente no meu interior, estas duas coisas estão divididas.
Talvez porque olho ao meu redor e associe muitos milagres que vejo acontecer ao querer abusar de Deus, como Alguém que faz, que dá, mas não Alguém que merece o nosso louvor, a nossa adoração, o nosso relacionamento sem interesses.
“E cada vez mais pessoas criam no Senhor – uma multidão de homens e mulheres. Como resultado do trabalho dos apóstolos, chegavam a levar os doentes para a rua deitados em camas ou esteiras, para que ao menos a sombra de Pedro lhes tocasse quando o apóstolo passava por ali! E também dos arredores de Jerusalém vinham gentes que traziam os enfermos e os possessos pelos demónios, e todos eram curados.” At 5:14-16
Não sei porquê, mas tenho dificuldade em relacionar o amor com os milagres. Não que ainda não tenha vivido na minha vida milagres dados amorosamente pelo meu amado, mas há algo que me faz sentir que essas duas palavras estão em gavetas separadas. Mas eu creio que não estão. O problema é meu.
E por isso mesmo, tento tantas e tantas vezes esquecer esta palavra.
Mas sempre ela vem ao meu coração… ainda que por semanas resulte, eu esteja focada noutras coisas do meu relacionamento com Ele, vem algo que eu leio, algo que eu penso, algo que me dizem e PUFF… aparecem os milagres na minha mente e no meu coração.
Que milagres surgem na minha mente?
E por isso mesmo, tento tantas e tantas vezes esquecer esta palavra.
Mas sempre ela vem ao meu coração… ainda que por semanas resulte, eu esteja focada noutras coisas do meu relacionamento com Ele, vem algo que eu leio, algo que eu penso, algo que me dizem e PUFF… aparecem os milagres na minha mente e no meu coração.
Que milagres surgem na minha mente?
A cura dos doentes, a libertação de pessoas possessas, manifestações sobrenaturais de Deus de vários tipos, pessoas a receberem o Espírito Santo.
Escusado será dizer que a minha actual leitura de Actos dos Apóstolos veio trazer de novo todas estas coisas ao meu coração de uma forma intensa. E quanto mais eu leio, mais eu fico a pensar no que leio… e mais perguntas surgem no meu coração.
Na altura dos Apóstolos e nos quatro evangelhos, está escrito que TODOS os doentes ou possessos que iam a Jesus ou aos apóstolos eram curados, eram libertos. Todos.
Escusado será dizer que a minha actual leitura de Actos dos Apóstolos veio trazer de novo todas estas coisas ao meu coração de uma forma intensa. E quanto mais eu leio, mais eu fico a pensar no que leio… e mais perguntas surgem no meu coração.
Na altura dos Apóstolos e nos quatro evangelhos, está escrito que TODOS os doentes ou possessos que iam a Jesus ou aos apóstolos eram curados, eram libertos. Todos.
"Naquela tarde trouxeram a Jesus várias pessoas dominadas pelos demónios: bastava Ele dizer uma palavra para todos os demónios fugirem; e os doentes ficavam curados. Assim se cumpriu a profecia de Isaías: 'Ele levou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.'" Mt 8:16,17
Desde cedo que isso me faz confusão… Muitos textos dos evangelhos mostram que Jesus não mandava ninguém embora sem primeiro curar as suas doenças ou expulsar os demónios, dando, ao mesmo tempo, uma cura à alma, a quem queria receber. Sim, a quem queria, porque dos 10 leprosos que Ele curou, só um voltou atrás para o adorar. Os outros, nem por isso. Mas mesmo assim, Jesus os curou. Ainda que eu creio que só o que voltou para trás sentiu e viveu uma transformação interior, e não apenas um milagre palpável.
“Ele acolheu-os, ensinando-os acerca do reino de Deus e curando os doentes.” Lc 9:11
Já alguma vez se questionaram acerca do porquê de Jesus, no seu ministério, curar os doentes, expulsar os demónios e ressuscitar os mortos?
Eu já, e muitas vezes não encontro uma resposta definitiva.
Por um lado, poderíamos dizer que Jesus trouxe uma mensagem completa, que transformava não só o interior de quem a aceitava, gerando nova vida no seu interior, mas que também tinha um efeito no seu corpo, havendo uma libertação total da opressão no corpo: fosse doença, fosse morte, fosse possessão.
Mas… por outro lado, creio que o facto de Jesus fazer tudo isto levou a que muitas pessoas o procurassem apenas para receber algo imediato, a libertação de doença, ou demónio, ou morte, passando ao lado da verdadeira mensagem de Jesus: o Amor divino, o braço estendido de Deus à humanidade, através do Seu Filho.
Porque a verdadeira mensagem de Cristo é o AMOR, a entrega condicional, a paixão, o começar de novo para uma vida de romance, de adoração a Deus. E todos nós sabemos quantas e quantas vezes desejamos viver uma vida dessas e no nosso caminho vivemos situações de doença, fraqueza física, morte, etc.
Ainda assim, Cristo não apenas falou. Cristo fez milagres. E não foram poucos.
Milagres acompanharam os apóstolos depois do Amado subir aos céus.
Milagres Jesus enviou os discípulos a fazerem, juntamente com o levar a mensagem que o Reino de Deus havia chegado.
Muitas vezes esta mensagem pesa no meu coração. Estas questões consomem o meu ser, ao ponto de me entristecer… e eu questiono-me “Porquê? Que tenho eu a ver com tudo isto? Não quero saber!” E mais uma vez eu tento desligar-me e deixar de pensar nestas coisas. E por momentos consigo. Mas depois tudo volta.
O que se passa connosco hoje?
Quando eu penso que Deus está a levantar uma GERAÇÃO em Portugal, escolhida para trazer as Boas Novas a esta nação e à Sua Igreja nesta nação, eu não consigo separar isso dos milagres que eu sinto que deviam acontecer.
AMOR, será a principal mensagem. E aqui poderia fazer um ponto final. Mas o meu espírito grita e mais uma vez vem esta palavrinha incessantemente, vez após vez: MILAGRES.
Onde estão os milagres hoje em dia? Onde?
Eu vejo-os nalguns lugares, nalguns momentos… mas onde estão eles de uma forma mais intensa?
E não faço esta pergunta a Deus. Faço a nós.
Nem sei porque publico este texto. São pensamentos soltos, meditações minhas com o Senhor, que não acabaram mas que eram para ser só entre nós dois. Se calhar nem fazem sentido a ti, mas para mim são profundezas do Pai.
5:39 da tarde
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4 comentários:
Olá Paulinha!!
Passei por aqui e achei curioso quando vi que tinhas algo escrito acerca de Estevão. Ontem dia 8 de Fevereiro (o mesmo dia em que escreveste isto)tinha estado a ler presisamente o capitulo de Actos que fala sobre Estevão, como ele foi escolhido para levar comida às viuvas por ser alguém cheio do Espirito Santo (quem é que hoje se iria preocupar em escolher alguém cheio do Espirito Santo para levar comida às viúvas?)...Dp como ele foi levado ao sinédrio e como contou de uma forma resumida a história de Israel... Qd ele viu o céu e a glória de Deus...Como ele foi levado, despido, apredejado... A atitude que ele teve mesmo antes de morrer ( e a Bíblia nos diz: "com estas palavras adormeceu".)Este capítulo é tremendo, fiquei até arrepiada!!
(Mexe conosco, não??)
Beijinhos
Olá Noemi, o que falas são aquelas "coincidências" divinas. Muitas vezes fico admirada com as vezes que elas acontecem... mtas vezes me alegra pq vejo que Deus anda a soprar as mesmas palavras a pessoas diferentes...
É, esta história de Estêvão mexe mto comigo tb. Curioso termos lido no mesmo dia.
Sabes, eu continuo a lê-la. O livro de Actos tem tanto "sumo" espremido pelo Pai que eu leio e leio e leio as mesmas palavras vezes sem conta.
Deixo-te um abraço e o desejo de que Deus te abençoe cada vez mais.
Olha, para mim fazem sentido. Como sabes também tenho estado a ler Actos, e do que li até agora,sobre Pedro, Joao, Estêvão, Filipe, todos eles cheios do Espírito Santo, com ministérios diferentes, mas a operarem todos milagres, milagres...pois é, dá que pensar, acho que já tivémos conversas sobre isto. E já te disse que muitas vezes ou sempre quando vou na rua e vejo uma pessoa doente, lá me vem à cabeça como tu dizes, o milagre.Também cologo as mesmas questões. Os milagres são uma manifestação do amor de Deus, amor esse que é para todos (para toda a humanidade), logo os milagres que são a manifestação desse amor também são para todos?Inclusive os interesseiros, que só querem o milagre, através do qual Deus se lhes revela, como fez com os leprosos, e só um voltou, só um escolheu agarrar esse amor. Será? A mesma questão faço, porque não estão os milagres aí? Será que o problema somos nós Seus filhos que não somos suficientemente "x" ou "y", que não estamos ainda preparados? Será que não é hora certa ainda? Sabemos que o ministério de Jesus começou tinha Ele 30 anos. Será que antes Ele nao fez milagres? Talvez nao com tanta intensidade, nao? Não sei...
Isto pode estar um bocado confuso, também fui escrevendo o que me vinha à cabeça. Muitas questões,né?
Abraço.
Deus te abençoe, ungida! ;) :P
Querida irmã,
Como poderia eu esquecer de milagres, se eu sou um ambulante???
sim, eu entendo perfeitamente o que falas.
Não devemos desejar o Senhor pelo que Ele pode ou não fazer, e sim pelo que Ele é!!!Não é verdade?Mas que possamos ver os milagres sim, a olho nu! Jesus assim o quer.
Que lindo é este Senhor soberano que tudo pode!
Como estás? Sinto saudades tuas.
beijos enormes
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