PAZ


Fecho os olhos e silencio a minha alma.
Silencio o meu corpo, silencio o meu coração.
É no silencio do meu corpo e da minha alma que eu encontro as palavras do meu espírito.
E é quando a janela se abre para sentir a suave brisa do Teu Espírito.

Estou a encontrar uma nova PAZ em Ti.

Uma paz que me aquieta, uma paz que, com os olhos fechados, me faz esboçar um pequeno sorriso pela grandeza que sinto no meu interior.

Quando me aquieto, silencio o meu eu, aquilo que eu penso, aquilo de que tenho medo, e a minha alma abre-se só para Ti.

Mais ninguém pode entrar, só Tu. Só Tu tens as chaves do meu jardim interior.
Entrego-as a Ti, pois elas na minha mão podem perder-se.

O meu jardim sem Ti é mais seco, amarelo, sem vida, sem gosto, sem piada.
Mas quando Te entrego as chaves e fecho os meus olhos, aquilo que sinto no meu interior eleva-me.

É sublime e intenso.
Obrigada porque te encontro na paz, no silêncio.

As palavras que saem da nossa boca


"A morte e a vida estão à mercê da língua;" Provérbios 18:21

Nas últimas semanas tenho vivido e meditado sobre a importância das palavras, daquilo que dizemos. Nunca tinha pensado muito sobre o assunto, mas se olhar para a Bíblia pensando neste pormenor específico, o "falar" salta muito à minha vista.

Este verso de Provérbios é muito direto: naquilo que digo, está o poder da morte ou da vida. Posso abençoar ou amaldiçoar. Faz-me pensar que as minhas palavras não são tão inocentes assim como eu pensava. Devo ter um especial cuidado com elas.

Não é por acaso que Deus, pelo Espírito, dá um dom específico sobre o falar uma língua desconhecida. Porquê o falar? Porque não deu um dom especial para OUVIR? Ou para cheirar?

Quem fala uma língua desconhecida edifica-se a si mesmo, pois fala o que o Espírito lhe inspira a falar. E isso que o Espírito inspira é perfeito. Aí não há erro ou palavra que não deva ser dita. 

Há uns anos atrás, Deus fez descer sobre mim essa capacidade. Eu digo "descer" porque a sensação que tive foi a mesma dos discípulos no dia de Pentecostes: do alto desceram línguas de fogo que pousaram nas suas cabeças. Eu também senti calor, lembro-me bem, e senti que algo veio sobre mim, do alto. 

Mas desde essa altura, muitas vezes falei em línguas desconhecidas, mas sem compreender muito bem qual o efeito disso na minha vida. Até em momentos em que virei as costas a Deus, se eu quisesse falar línguas desconhecidas, eu conseguia, mas parecia que eram palavras forçadas, tal como eram as minhas palavras em português dirigidas a Ele. 

Eu penso que há poder nas nossas palavras, sejam elas na nossa língua nativa ou numa língua inspirada pelo Espírito. 

Só sei que desde que Deus me impactou fortemente, nas últimas semanas, parece que eu só consigo orar em línguas desconhecidas. Porquê?

Penso que o meu coração ficou tão distante d'Ele, os meus propósitos afastaram-se tanto dos d'Ele que, ao voltar para Ele e ao aperceber-me que Ele tem por mim um amor tão grande, eu não tenho palavras minhas para saber o que Lhe dizer.

Muitas vezes fico em silêncio e sinto-O. Mas assim que penso n'Ele, instantaneamente falo em línguas desconhecidas.

Porque é que partilho isto? Porque sinto que o Espírito é tão compassivo que fala por mim. Eu sou tão pequena que neste momento só consigo olhar para Ele e dizer: Obrigada. Obrigada porque eu virei-te as costas mas Tu resolveste não me abandonar. Acho que senti o Teu amor agora como se me tivesse convertido agora. Antes fui eu que me decidi para TI. Agora foste Tu que Te moveste para me atrair, mesmo eu não querendo.

E orar em línguas desconhecidas de momento, é para mim um sinal de grande compaixão, grande amor, grande interesse da Tua parte. 

Uma coisa é certa: Eu não sei o significado do que oro, mas só sei que depois de o fazer, se orar em Português, só me saem palavras de gratidão. Acho que é um sinal de que toda a oração em línguas é perfeita, dirigida em alto louvor, em grandes gemidos de intercessão a favor de quem as diz.

Há poder na minha boca e de momento é um poder de compaixão. 

Amo-Te!

Liberdade... Outra vez

Pois e. Afinal a liberdade não e um bem adquirido para sempre.
Pensava eu que era, que uma vez alcançada, nunca mais a iria perder.
Engano. Puro engano.
Arrogância, pura arrogância.
Nos últimos anos deixei-me aprisionar de novo. Depois de uma grande libertação e da descoberta da vida espiritual noutra dimensão, fui aos poucos deixando-me aprisionar sem dar conta, sem me aperceber.
Pouco a pouco, no meu dia a dia, eu deixei de buscar Deus da mesma forma. Devagarinho, muito devagarinho. As quedas não são de repente. Se fossem, eu daria conta e reagiria logo no sentido oposto. Foi devagar. Cozida em fogo lento.
Aliando a minha crescente debilidade espiritual ao ocultismo praticado por um parte da minha família, sinto que deixei aprisionar-me.
Ao ponto de perder a minha fé.
O Diabo só age em nos se deixarmos. A Bíblia diz-nos para resistir ao Diabo e ele fugirá de nos.
Pois eu não resisti. E ele não me largou.
Mas Deus não desistiu de mim! O meu coração distante foi liberto de novo... Que grande lição do amor de Deus. Uma lição maior do que aquela que vivi quando me converti.

Regresso

Olá


Passados 3 anitos (quase) da minha última postagem, hoje eu decidi voltar a escrever neste lugar.
Nestes 3 anos muita coisa se passou, muitas perspectivas mudaram e há duas semanas iniciou-se um novo ciclo na minha vida.
Irei partilhando aqui aquilo que Deus for segredando ao meu ouvido, aquilo que eu for segredando ao ouvido dEle...