Entrega de Natal...

É muito bom quando Deus se aproxima de nós quando menos esperamos...

Assim me aconteceu, e assim começou o meu dia de Natal.

Deus, conhecendo o meu coração, e mesmo eu estando a fazer outras coisas, aproximou-se de mim... porque Ele não é um Deus morto, fraco, parado, que não se mexe, não interage...

Não, Ele enviou Jesus exactamente para se RELACIONAR connosco, ter uma relação de amor intenso.

De repente, o meu coração começou a ficar constrangido, muito... as lágrimas começaram a surgir nos meus olhos e eu não entendia porquê. Até que entendi que era a presença de Deus, intensa e real, ali mesmo, comigo... Ele que resolveu aproximar-se, quando eu não estava sequer a pensar nele...

E alegrei-me, porque tenho um Deus que é tão íntimo de mim! Que se aproxima quando sabe que preciso, ainda que eu não diga nada, ainda que eu não tenha de explicar tudo, porque Ele simplesmente sabe... e vem e resolve tocar, abraçar, dizer: "ESTOU AQUI..." E quantas vezes, estas palavras bastam... bastam mesmo...

E comecei a entender que, junto com aquela demonstração de amor que encheu o meu coração, veio um pedido... tão difícil, tão duro, tão radical...

Um pedido tão radical como o que Deus fez a Abrãao: Sacrifica o teu único filho, aquele mesmo que te dei, o filho da promessa, aquele que faz parte da visão que te dei, aquele que é O caminho para os meus planos. Mata-o, sacrifica-o, e terás de viver sem ele.

E eu chorei, tal como Abrãao deve ter chorado quando ouviu essas palavras vindas do seu Deus.

E pensei e disse: Deus, eu não vou conseguir.... eu não posso, Tu sabes como é o meu coração e como isso que me pedes é tão importante para mim... como eu vou chorar, como eu vou sofrer, como me vai doer, e como me vai ser tão difícil continuar em frente.

Mas... os braços de Deus continuavam a rodear-me... porque Deus sabe que não pode fazer um pedido desses sem o Seu amparo, o Seu amor, a Sua envolvência... Simplesmente somos fracos demais... eu pelo menos sou...

E com uma coragem dada por Ele, eu disse: Está bem, Pai, se é isso que Tu queres, eu neste momento dou-Te, entrego-Te nas Tuas mãos. Fico completamente dependente do Teu amor a partir deste momento. Completamente. Sabes que eu, Paula, não vou conseguir, e que a mínima pedra vai fazer-me tropeçar, cair e ali ficar, mas eu espero em Ti. O Teu amor e a Tua presença, bem como o Teu amor, são suficientes, e eu vou conhecê-los mais profundamente, eu sei. Obrigada. Amo-Te.

E agora entendo que este foi o meu Natal... Deus deu-me o Seu filho único e eu dei-lhe o que de mais precioso tenho.

Deus declarou-me o Seu amor e eu provei-Lhe o meu.

Que permitas que Deus faça parte da Tua vida, ao ponto de Ele ser a ÚNICA fonte da tua vida. Só assim poderás experimentar nadar e mergulhar no Seu amor.

Deus te abençoe.

Inconstância humana

Não há ninguém que seja justo. Ninguém.
Não há ninguém que compreenda.
Ninguém que procure a Deus. Romanos 3:10,11


Ninguém...

Será assim tão difícil entender?

Que tudo o que temos de bom é dádiva?

Que não é nosso, não provém de nós?

Que não há pessoas boas e pessoas más?


Não há pessoas que busquem a Deus e outras que não buscam.

Há é pessoas que dão lugar ao Espírito que as leva a buscar a Deus, e outras não dão lugar a esse Espírito Santo.

Na minha natureza humana há uma grande inconstância...

Quando estou forte, é por Deus.
Quando estou confiante e com fé, é por Deus.
Quando tenho a visão, é por Deus.

Quando permito que a minha carne fale mais alto que o Espírito, engraçado como tudo o que é de bom e intenso diminui... porque não provém de mim.

E o que sobra é inconstância, altos e baixos... um dos exemplos é as infinitas vezes que já me apeteceu acabar com este blog, nesses momentos. Mas, cá estamos, até que Deus queira e mostre.

Que também tu, que és ESCOLHIDO, possas viver bem perto, bem junto do Pai, de braços bem abertos ao Seu Espírito que habita em ti.

Deus te abençoe grandemente!

Testemunho

"Costumava beber muito e fugia com qualquer rapaz que olhasse para mim de uma certa maneira. Odiava os meus pais, principalmente a minha mãe.

A Linda trouxe-me para a capela e ouvia os outros rapazes c0ntarem como Jesus os ajudava quando eles eram tentados.

Quando eu tinha problemas com um rapaz, acabava tudo e depois ficava cheia de desgosto, mas estes viciados em drogas também tinham problemas, bem piores que os meus.

"Ainda somos tentados", diziam eles, "mas agora, quando isso acontece, corremos para a capela e vamos orar."

Quando eles oravam, falavam numa língua esquisita, mas pareciam felizes e seguros de si mesmos. E quando se levantavam, a tentação tinha ido embora.

Então comecei a desejar ter a mesma coisa.

Um dia fui sozinha para a capela orar. Comecei a contar a Deus todos os meus problemas e pedi-lhe que viesse à minha vida da mesma forma que com aqueles viciados.

E, como se fosse um relâmpago, Jesus entrou no meu coração. Alguma coisa tomou conta da minha fala. Sentia-me como se estivesse sentada à beira de um rio que de alguma forma fluía através de mim e borbulhava de dentro de mim com uma linguagem musical.

Foi depois disto que um dos cooperadores me mostrou o que tudo aquilo era no Livro de Actos. Foi a coisa mais maravilhosa que alguma vez me aconteceu."

David Wilkerson, "A Cruz e o Punhal"

A outra voz

“Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda a nós que somos fracos.
Com efeito, nós não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito pede a Deus por nós com gemidos que não se podem explicar.
E Deus, que vê mesmo dentro dos próprios corações, conhece o que o Espírito deseja, porque este pede conforme os desejos de Deus em favor dos que Lhe pertencem.”
Romanos 8:26,27


Esta é uma das realidades espirituais que tanto mexem comigo.

Eu oro, falo com Deus, na minha relação de amizade e amor com Ele, mas eu sou fraca. Eu não sei orar como convém, eu não sei o que falar, eu não sei o que pedir nem o que dizer.

Mas que maravilhoso... num acto tão íntimo de relacionamento, a minha voz é abafada diante de Deus... Ele olha para mim, com olhos de amor, e em vez de ver a minha boca, Ele está a ver o meu coração, porque o Seu olhar penetra todo o meu ser.

E o que é que Ele vê?

Ele vê Ele próprio, materalizado no Espírito Santo, gemendo por mim. Ele olha e vê a Paula, mas da sua boca Ele vê luz, algo que encandeia, que é como o fogo: são os gemidos do Espírito Santo, o único que sabe pedir de acordo com o que Deus deseja.

O Espírito não fala como nós. Ele geme. É verdade que nós também gememos, por vezes, mas mesmo assim os nossos gemidos não podem alcançar a profundidade e intensidade dos gemidos do Espírito.

E quando Deus nos permite ter uma noção do Espírito a gemer por nós, é algo que arrepia profundamente, porque apercebermo-nos disso é algo que nos leva, mais uma vez, ao pó, à face no chão, ao temor, mas também à entrega total... às lágrimas.

É algo que me assombra o facto de saber que tenho em mim, habitando em mim, me enchendo, o ESPÍRITO SANTO.

Que plano assombroso este... Deus decidir que nos Seus Filhos, Ele iria habitar também... nos nossos corpos mortais, na nossa alma muitas vezes fraca e doente, no nosso espírito que necessita ser cada vez mais avivado... mas é mesmo aí que o Espírito fala...

E é por isso que muitas vezes o nosso corpo mortal, carnal, parece não conseguir aguentar a intensidade da presença desse mesmo Espírito, que muitas vezes se move, muitas vezes se agrada em se fazer notar, em cada célula do nosso corpo.

Não dá para duvidar da Sua presença. E quando ela é intensa, não há nada que nos possa abater decisivamente, porque esse Espírito se movendo dentro de nós não nos pode deixar apáticos, tristes, indiferentes.

Ele incendeia, faz os nossos corpos voarem, eleva-nos a uma realidade que é demasiado forte para nós, demasiado gloriosa, demasiado bela...

Espírito Santo de Deus... eu amo-Te de todo o meu coração, corpo, alma e espírito! Tu mexes comigo profundamente!

Esplendoroso!



Sempre que os quatro seres vivos cantam hinos de Glória, de louvor e acção de graças àquele que está sentado sobre o trono, e que vive por todo o sempre, os vinte e quatro anciãos caem por terra em adoração, àquele que está sentado sobre o trono e que vive por todo o sempre.

Lançam as suas coroas aos pés do trono e dizem:

Tu és o Senhor de todos nós e nosso Deus!

Tu é que fizeste todas as coisas.

Porque assim o quiseste, elas foram criadas e existem.

Por isso, Tu és digno de receber a glória, a honra e o poder.

Apocalipse 4:9-11

Não tenho palavras para descrever o que tenho sentido ao ler estas palavras e ao meditar nelas. Tem-me assombrado a forma como a adoração a Deus está descrita em Apocalipse...

Porque este livro tira a cortina que separa o nosso mundo natural do mundo espiritual. E Deus tem tirado essa cortina dos meus olhos... e a minha reacção tem sido parecida à de João:

Cair, sem forças, como morta... diante de um esplendor tão grande... mas tão grande.

Há momentos em que todos os anjos que existem rodeiam o Trono de Deus, e todos eles cantam, adoram Deus e o Cordeiro. Juntam as vozes às dos seres viventes, que apenas existem para estar diante do Trono e os 24 anciãos, repetidas vezes, saem dos seus tronos e se prostram...

Prostram em adoração... tirando as coroas da sua cabeça e as jogando perante o Trono. E eu só os consigo imaginar com a face até ao chão... totalmente prostrados...

É como me sinto diante do Pai... totalmente prostrada... assombrada pela adoração que lhe é prestada, que flui e brota do facto de se estar diante d'Ele, sem véus, sem cortinas, sem nada...

E eu sei que para adorar dessa forma, eu preciso estar em contacto com Ele desta forma... sem cortinas... porque o que se vê leva, inevitavelmente, à face no pó, a um temor inigualável...

É tão bom adorar...