Aos queridos da minha vida


Vocês enchem a minha vida, sobretudo o meu coração. Com vocês eu aprendi a amar. Perdidamente. Pois através de vocês Deus tem feito o amor nascer, desabrochar e crescer em mim.

Através de vocês eu aprendi a rir, a soltar gargalhadas, a divertir-me, a contemplar amorosamente. Também aprendi a chorar com propósito, a prostrar-me diante de Deus em lágrimas e de coração partido por não saber o que fazer.

Vocês fazem-me feliz, completa, preenchida. Aconchegada é a palavra certa *sorriso* e só Deus conhece a intensidade com que desejo ter-vos vivos até o fim da minha vida. Só Deus sabe e eu espero n’Ele. Se assim não for, Ele me consolará.

Meu amado: como tu sabes, não há palavras suficientes para descrever o que tens sido para mim e a tua pessoa. Não há outro homem no mundo igual a ti e só a ti eu poderia amar assim desta forma tão profunda. Eu sou do meu amado e ele é meu. Simplesmente.
Ao contrário do que me diziam (pobres pessoas, frustradas com a sua vida e com as suas relações), cada vez te amo mais e cada vez me sinto mais amada por ti. A nossa cumplicidade é grande e por vezes basta um olhar teu, um abraço teu para me encher o coração… quanto mais com todas as coisas que me dás. Sou muito feliz ao teu lado. Cada vez o nosso amor está mais forte, tão forte que, por vezes, basta eu pensar em ti e naquilo que tu és que me sinto logo diferente… A unção de Deus está sobre ti, meu querido.
E é amar-te assim, perdidamente, e é seres alma e sangue e vida em mim, e dizê-lo cantando a toda a gente… Verdadeiramente somos um, sentimos um. You’re still the one.

Minha querida filha: também não há palavras suficientes para poder expressar tudo o que tens acrescentado à minha vida. Fazes-me sorrir tanto… és tão meiguinha, já desde pequenina. Que nunca deixes roubar isso do teu coração, filha, mas que Deus acrescente ainda mais essa meiguice ao teu coração, pois ela agrada-nos muito e sei que também faz Deus sorrir. Foi Ele que te criou assim. O meu coração aperta muitas vezes por ti, mas eu sei que Deus está a cuidar de ti com umas mãos tão carinhosas… já estás a tornar-te forte, mesmo sem saberes, mesmo quando choras, mesmo quando sofres. Ainda estavas no meu ventre quando há 1 ano atrás Deus me mostrou que tu O verás por causa do teu coração puro, e levarás ao mundo o amor pela tua adoração genuína. Que assim escolhas e que o Pai te leve lá. Amo-te tanto, minha borreguinha…

Sim, também tu mereces estar aqui, raposinha de cauda dourada, porque também te considero minha família, dentro do meu coração, tu e os teus. Agradeço-vos por fazerem parte de mim. Também vocês têm enchido muito o meu coração e através da vossa vida Deus mostrou-me, ou melhor, mostrou-nos que afinal é possível viver o amor como eu o tinha guardado no meu coração. Obrigada por isso, por serem uma inspiração para nós. Sempre o foram e sei que não deixarão de o ser nunca. Tu, especialmente, desde que entraste no meu coração, nunca mais saíste. O meu silêncio interior perante ti deve-se à forma como estou nos últimos tempos… tempos de introspecção, não necessariamente maus… Mas o meu amor por ti, apesar da minha distância interior, cresce de dia para dia, mais do que possas imaginar *piscadela de olho*. Tu és única e, se calhar ao contrário de alguns, eu amo-te exactamente como tu és, amo a forma apaixonada como vives, como te expressas, a forma como te emocionas e como sentes todas as coisas. És uma pessoa tão bonita…. Um milagre vivo de Deus… Amo-te.

Obrigada, Pai, por estes 29 anos de vida. Tu és o meu maior amor e desejo viver cada dia declarando-Te todo o meu amor e dedicando-Te todo o meu ser.

Abba Pai.

Pequena ungida

Tal como o meu nome significa, sou pequena.

Paula = pequena

Hoje sinto-me como Paulo. Ele considerava-se o mais pequeno dos apóstolos. Eu hoje sinto-me o mais pequeno dos cristãos.

O meu segundo nome é Cristina, que significa "ungida".

Sou uma "pequena ungida"... cada vez mais me espanta o facto de Deus, mesmo sabendo como eu sou, me ungir, me amar, não desistir de mim. Se Ele fosse como eu ou como nós, já me tinha virado as costas há muito tempo.

Há dias em que tenho de fazer o esforço para me lembrar de que não me chamo só Paula.

Sou Paula Cristina. Pequena mas ungida.

Páscoa sem Igreja

E foi uma das Páscoas mais abençoadas...

A sós porque, enquanto decorria o culto nas instalações da "Igreja" que frequento, eu não estava lá... estava do lado de fora, com a minha filha nos braços, com dores, a dormir.

Gostei muito, pois pude estar só eu e Aquele que morreu e ressuscitou, não o Cristo que pregam mas o Cristo que ando a conhecer, dia após dia.

Pude falar com Ele, pude ser abençoada pelos pássaros que voavam à minha frente, pelo vento que batia nas árvores e fazia aquele som tão apaziguador.

Ao mesmo tempo que vivia um momento íntimo com o meu Amado, ouvia ao longe a música, os cânticos, as pessoas vazias, cheias de problemas, sem discernimento acerca de Deus, mas ali... sem saber o que estavam a fazer, sem encontrar uma solução VERDADEIRA para as suas vidas, sem experimentar um amor tão belo...

É assim a maioria dos crentes de hoje em dia... Tristes, abatidos e apáticos, porque a IDEIA DE CRISTO não muda ninguém, por mais que nos esforcemos. Só o relacionamento REAL com Ele. Mas por mais que se fale de relacionamento, quando alguém fala da forma real como Deus se manifesta, quase todos estranham e criticam. Simplesmente porque essas pessoas não estão habituadas a Deus relacionar-se.

Com todas estas coisas ardendo no coração, orei... orei por aquelas pessoas e Deus confirmou no meu coração: "Sim, eu estou a avivar pessoas."

O engraçado foi que, passado umas horas, estive com um crente que me disse: "Não há avivamento!"

Para mim, foi mais do que uma confirmação de que Deus está a avivar pessoas e a revelar-se de verdade. A oposição só acontece quando algo é real.

Como?

"O Senhor é a minha rocha, fortaleza e protecção; o meu Deus é o abrigo em que me refugio. Ele é o meu escudo, a minha defesa, o meu castelo.
Invoco o Senhor, que é digno de louvor. É Ele que me salva dos meus inimigos." Sl 18:3,4


Como Te posso experimentar como a minha rocha se não estiver em cima dela quando tudo à minha volta rui?

Como posso saber que Tu és a minha fortaleza e protecção se humanamente não estiver exposta aos ataques, se não houver um inimigo que dispara contra mim? Para me sentir protegida por Ti tenho de estar humanamente desprotegida.

Como posso abrigar-me em Ti se o tempo à minha volta não for de tempestade? Se fosse sempre Verão, não sentiria necessidade de me abrigar. Estaria tudo bem.

Como posso sentir o Teu escudo invisível mas real se não estiver a ser atacada, estando eu desarmada? De outra forma, eu não veria as setas a fazerem ricochete e não me atingirem... o Teu escudo está aqui.

Como poderei saber que és o meu castelo, onde os Teus anjos que me servem são como sentinelas, vigiando, protegendo-me em altura de batalha?

Só a Ti posso invocar. Só a Ti, Tu que és digno de receber o meu louvor. Não que o meu louvor seja alguma coisa de especial, mas eu desejo de todo o coração louvar-Te, na alegria ou na dor e eu sei que isso Te alegra.

Quem invocaria se só Tu podes salvar-me dos meus inimigos? Só Tu, Jesus, meu amado, meu amor. Só Tu, só Tu.

Obrigada por tudo o que vivo. Se não fosses tu, a alegria não chegaria pela manhã... mas ela sempre chega *sorriso*... mesmo quando a noite dura mais do que uma noite... mas a manhã também é, por vezes, mais duradoura que uma manhã.

Obrigada porque só no meio das provações eu posso experimentar o Teu braço de guerra e o Teu braço de amor sobre mim.

Tu, que lês estas palavras neste momento, crê: o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã, ainda que possas continuar a ter razões para chorar. Mas a mudança pode surgir no teu interior e, pode até acontecer que, quando deixares de pedir a Deus que mude as circunstâncias e te esqueças disso, Ele decide fazer algo.

O Seu braço não está curto, os seus ouvidos não estão surdos. O Seu poder é hoje o mesmo e o Seu amor também.

Egoísmo

Ultimamente tenho pensado no versículo de Provérbios que diz que devemos tratar os outros como gostaríamos que eles nos tratassem.

Sinceramente procuro viver isso na minha vida. Muitas vezes não consigo, muitas vezes falho, mas outras tantas vezes eu o faço. É Deus quem me dá a capacidade.

Se eu desejo que os outros se importem comigo, eu vou importar-me com eles, genuinamente e não de forma interesseira, esperando receber algo em troca se for simpática.

Genuinamente... ora aí está...

Muitas vezes até parece que nos importamos com os outros mas por detrás disso está o sentimento de querer receber algo em troca, nem que seja um "obrigado" que nos faz sentir bem, aceites, queridos.

Se pesarmos bem as nossas intenções, vamos ver o quão interesseiras elas são num grande número de vezes...

Não me estou a excluir de tudo o que escrevo, mas muitas vezes entristeço-me de olhar à minha volta e sentir-me rodeada de pessoas assim.

Sinto falta e saudades de ver pessoas genuínas...

Pessoas como Cristo.

Cristo devia primeiro querer saber como "correu o dia" de alguém com quem ele lidava, em vez de querer logo contar coisas suas, ser ouvido, ser amado.

Cristo foi, muitas vezes, "usado" pelas pessoas, pessoas que apenas o procuravam para receber algo, algo PARA ELAS. Quantas e quantas vezes ele, como pessoa, terá sido ignorado.

Quantas vezes lhe terão perguntado: "Estás cansado?", "Precisas de algo?" Muito poucas, eu acho.

Cristo preocupava-se genuinamente com as pessoas. Não havia por detrás das suas atitudes a necessidade de se afirmar, de ser amado. Afinal... Ele veio para servir, para dar a Sua vida, oferecer-se, completamente, de corpo e emoções.

Sou desafiada a viver da mesma forma, independentemente do interesse ou cuidado dos outros por mim.

Afinal, eu nasci de novo para poder dar a minha vida em favor dos que me rodeiam. Que privilégio e que missão difícil. Sinto-me, muitas vezes, como os profetas no Antigo Testamento. Sozinhos no meio da multidão, "apenas" com Deus.

Deus, és o amante de todo o meu ser.